JOVENS CONECTADOS
Quando você quiser informações sobre o trabalho pastoral com
a Juventude a nível nacional (CNBB) acesse o site www.jovensconectados.org.br. Este
é o canal da CNBB para a juventude no Brasil. Além do site existe também a
fanpage “Jovens Conectados” no Facebook.
Portanto, se você desenvolve qualquer trabalho pastoral com
a juventude em sua comunidade, paróquia ou diocese, você não pode estar
desconectado desses dois canais, porque é ali o ambiente onde podemos partilhar
os trabalhos que realizamos e conhecer outros trabalhos feitos Brasil afora (e
fora do Brasil). Então, curta a página no facebook e adicione o site aos seus
favoritos.
Mas por que toda essa propaganda sobre os “jovens conectados”?
É que nas minhas frequentes visitas ao site e nas constantes
inserções no meu feed de notícias do facebook, tenho conhecido quanto trabalho
frutífero vem acontecendo no nosso país, protagonizado pela nossa juventude.
Iniciativas que vão de encontro a tudo o que os últimos papas exortaram nas
JMJs e, mais atualmente, ao que o Papa Francisco pede na Evangelii Gaudium.
E (detalhe interessante) quase a totalidade dessas
iniciativas não partem lá de cima (CNBB), mas são sementes plantadas num
canteiro bem menor – as comunidades paroquiais, de onde suas mudas são
compartilhadas com outras e outras comunidades, até atingirem um vulto bem
maior, e serem acolhidas pela instância maior e sugeridas a todos os recônditos
paroquiais do país.
Isso derruba por terra o argumento de alguns de que: “não
podemos fazer muita coisa, pois temos que esperar as orientações do nacional”.
É claro que temos que estar em comunhão com as instâncias superiores (diocese,
regional e CNBB), da mesma forma que não podemos deixar de lado nossos projetos para uma Igreja mais
missionária e acolhedora, na angustiante e exaustiva espera gerada por uma
burocracia desnecessária ou pela inércia de agentes dessas instâncias
superiores. Esta espera por vezes contribui para que percamos o ardor
missionário e a alegria da evangelização.
Minha intenção ao escrever este artigo é semelhante a dos
artigos anteriores: atentarmo-nos à responsabilidade que temos com a
evangelização da juventude, e de como estamos deixando passar um tempo propício
para uma pesca substancial, mantendo-nos no conforto e segurança da margem, sem
vontade ou coragem de avançarmos para as águas mais profundas. Este conforto e
segurança se contrapõem ao que o próprio evangelho propõe, ao mesmo tempo em
que testemunha contra nós, pois mostra como evitamos os desafios da nova
evangelização e as intempéries de um mar desconhecido.
Será que o Cristo que vive em nós (Gl 2, 20) ou o Espírito
Santo que habita em cada um (1Cor 6, 19) podem se render à nossa estagnação e
ao nosso medo?
Entretanto, tenho visto nos últimos anos, com alegria, o
empenho e o trabalho de alguns agentes que se dedicam ao trabalho com a
juventude, as boas intenções e os belos projetos. Mas tenho visto também a
dificuldade que encontram pelo caminho, principalmente no que tange à
realização desses projetos, quer por falta de parceria de outros setores e
pastorais, quer (o que é pior) pela pouca atenção de alguns pastores. Volto a citar o apóstolo dos gentios, quando
ele indaga aos coríntios (1Cor 1, 13) se Cristo está dividido, ou se não
fazemos todos parte de um mesmo e grandioso projeto.
Não deixemos que os pequenos interesses de cada segmento
comprometam o interesse maior e comum, mas unamo-nos quais membros de um mesmo
corpo em benefício da vida da Igreja. E aqueles que tem o múnus de pastorear o
rebanho, não poupem esforços e recursos para proporcionar a realização de toda
e qualquer atividade que tenha como objetivo o anúncio de Cristo.
E aos agentes que dirigem e orientam os trabalhos com a
juventude, vale a pena convidar a rever alguns trabalhos e seus frutos. Pelas
mídias sociais é possível perceber a formação de pequenos clãs ou tribos, tipo “família
AT”, “família ZJ”, ou “família FJ”, ou outras. Isso é bom e salutar desde que
não se preste ao infeliz propósito de provocar divisão e contenda intra
eclesial, mas que, ao contrário, se constituam em pequenos organismos que, em
unidade, promovam a inculturação cristã nas diversas realidades juvenis.
Que 2015 seja o ano em que as pequenas (porém em constante
crescimento) famílias juvenis, pastorais e movimentos diversos, orientadores,
assessores e pastores, iluminados única e exclusivamente pelo Evangelho do
próprio Cristo, possam estar unidos olhando não só para o chão em que pisam
(seu próprio “quadrado”), mas ao horizonte da história, que se delineia a cada
dia diante de nós com suas mais intrigantes e desafiadoras peculiaridades. Que
sejamos uma Igreja em saída (a convite do Papa) nem sempre para os mesmos,
conhecidos e confortáveis lugares, mas para as periferias, onde estão
principalmente aqueles cuja proximidade nem sempre nos agrada. É lá que Cristo
quer estar, e precisa de nós para que O levemos.
Inspiremo-nos e copiemos tantas e belas iniciativas
existente pelo nosso país. Desliguemo-nos um pouco da mesmice de todo ano
(mesmos discursos, mesmos eventos...) e engajemo-nos em novos trabalhos, novas
experiências de vida e evangelização.
E que o Espírito Santo nos conduza a todos, pela vontade soberana
do Pai.
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