sábado, 3 de janeiro de 2015

JOVENS CONECTADOS

Quando você quiser informações sobre o trabalho pastoral com a Juventude a nível nacional (CNBB) acesse o site www.jovensconectados.org.br. Este é o canal da CNBB para a juventude no Brasil. Além do site existe também a fanpage “Jovens Conectados” no Facebook.
Portanto, se você desenvolve qualquer trabalho pastoral com a juventude em sua comunidade, paróquia ou diocese, você não pode estar desconectado desses dois canais, porque é ali o ambiente onde podemos partilhar os trabalhos que realizamos e conhecer outros trabalhos feitos Brasil afora (e fora do Brasil). Então, curta a página no facebook e adicione o site aos seus favoritos.

Mas por que toda essa propaganda sobre os “jovens conectados”?

É que nas minhas frequentes visitas ao site e nas constantes inserções no meu feed de notícias do facebook, tenho conhecido quanto trabalho frutífero vem acontecendo no nosso país, protagonizado pela nossa juventude. Iniciativas que vão de encontro a tudo o que os últimos papas exortaram nas JMJs e, mais atualmente, ao que o Papa Francisco pede na Evangelii Gaudium.

E (detalhe interessante) quase a totalidade dessas iniciativas não partem lá de cima (CNBB), mas são sementes plantadas num canteiro bem menor – as comunidades paroquiais, de onde suas mudas são compartilhadas com outras e outras comunidades, até atingirem um vulto bem maior, e serem acolhidas pela instância maior e sugeridas a todos os recônditos paroquiais do país.

Isso derruba por terra o argumento de alguns de que: “não podemos fazer muita coisa, pois temos que esperar as orientações do nacional”. É claro que temos que estar em comunhão com as instâncias superiores (diocese, regional e CNBB), da mesma forma que não podemos deixar de lado  nossos projetos para uma Igreja mais missionária e acolhedora, na angustiante e exaustiva espera gerada por uma burocracia desnecessária ou pela inércia de agentes dessas instâncias superiores. Esta espera por vezes contribui para que percamos o ardor missionário e a alegria da evangelização.

Minha intenção ao escrever este artigo é semelhante a dos artigos anteriores: atentarmo-nos à responsabilidade que temos com a evangelização da juventude, e de como estamos deixando passar um tempo propício para uma pesca substancial, mantendo-nos no conforto e segurança da margem, sem vontade ou coragem de avançarmos para as águas mais profundas. Este conforto e segurança se contrapõem ao que o próprio evangelho propõe, ao mesmo tempo em que testemunha contra nós, pois mostra como evitamos os desafios da nova evangelização e as intempéries de um mar desconhecido.

Será que o Cristo que vive em nós (Gl 2, 20) ou o Espírito Santo que habita em cada um (1Cor 6, 19) podem se render à nossa estagnação e ao nosso medo?

Entretanto, tenho visto nos últimos anos, com alegria, o empenho e o trabalho de alguns agentes que se dedicam ao trabalho com a juventude, as boas intenções e os belos projetos. Mas tenho visto também a dificuldade que encontram pelo caminho, principalmente no que tange à realização desses projetos, quer por falta de parceria de outros setores e pastorais, quer (o que é pior) pela pouca atenção de alguns pastores.  Volto a citar o apóstolo dos gentios, quando ele indaga aos coríntios (1Cor 1, 13) se Cristo está dividido, ou se não fazemos todos parte de um mesmo e grandioso projeto.

Não deixemos que os pequenos interesses de cada segmento comprometam o interesse maior e comum, mas unamo-nos quais membros de um mesmo corpo em benefício da vida da Igreja. E aqueles que tem o múnus de pastorear o rebanho, não poupem esforços e recursos para proporcionar a realização de toda e qualquer atividade que tenha como objetivo o anúncio de Cristo.

E aos agentes que dirigem e orientam os trabalhos com a juventude, vale a pena convidar a rever alguns trabalhos e seus frutos. Pelas mídias sociais é possível perceber a formação de pequenos clãs ou tribos, tipo “família AT”, “família ZJ”, ou “família FJ”, ou outras. Isso é bom e salutar desde que não se preste ao infeliz propósito de provocar divisão e contenda intra eclesial, mas que, ao contrário, se constituam em pequenos organismos que, em unidade, promovam a inculturação cristã nas diversas realidades juvenis.

Que 2015 seja o ano em que as pequenas (porém em constante crescimento) famílias juvenis, pastorais e movimentos diversos, orientadores, assessores e pastores, iluminados única e exclusivamente pelo Evangelho do próprio Cristo, possam estar unidos olhando não só para o chão em que pisam (seu próprio “quadrado”), mas ao horizonte da história, que se delineia a cada dia diante de nós com suas mais intrigantes e desafiadoras peculiaridades. Que sejamos uma Igreja em saída (a convite do Papa) nem sempre para os mesmos, conhecidos e confortáveis lugares, mas para as periferias, onde estão principalmente aqueles cuja proximidade nem sempre nos agrada. É lá que Cristo quer estar, e precisa de nós para que O levemos.

Inspiremo-nos e copiemos tantas e belas iniciativas existente pelo nosso país. Desliguemo-nos um pouco da mesmice de todo ano (mesmos discursos, mesmos eventos...) e engajemo-nos em novos trabalhos, novas experiências de vida e evangelização.


E que o Espírito Santo nos conduza a todos, pela vontade soberana do Pai.

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